AUTOACEITAÇÃO E SAÚDE MENTAL
Saúde mental é um termo recorrente nos dias atuais e, apesar de não haver uma concepção única e oficial do que seja, não se refere à ausência de doenças mentais, diz respeito prioritariamente a ideias de equilíbrio e bem-estar. São múltiplos os aspectos envolvidos na compreensão e vivência da saúde mental sendo um deles a autoaceitação.
Autoaceitação é a capacidade de apropriação de nossa exclusividade constitutiva, e para
tal necessitamos de uma postura realista. Como nos diz Carl Rogers: “A
aceitação de si mesmo como se é na realidade, e não como se quer ser, é um
sinal de saúde mental”. Antes de sermos quem gostaríamos de ser precisamos
aceitar ser quem somos; e isso inclui acolher tanto nossas capacidades e
potencialidades quanto nossas fragilidades e limitações. Envolve conhecer a
força e o potencial de crescimento presente em cada um de nós, mas também
reconhecer que não temos que “dar conta” de tudo e de todos; podemos (e
devemos) saber que diante de algumas situações, ou ao entrar em contato com
certas questões, talvez se faça necessário recorrer a alguma forma de ajuda.
Compreender e respeitar nossos limites é um cuidado conosco mesmo, e nós não
temos que suportar, enfrentar e sofrer sozinhos.
Aceitar a nós mesmos requer também flexibilidade
experiencial, pois diz de nossa capacidade de conhecer e apropriar de nossa
totalidade sem nos reduzir a apenas esta ou aquela característica. Reduzir é
enrijecer experiencialmente, e enrijecimento vai à contra mão da saúde mental.
Através de um processo constante de autodescobrimento e autoaceitação podemos
ir além em nós mesmos e em nossas vidas, bem como trabalhar em prol de nossa
saúde mental.
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