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Mostrando postagens de julho, 2018
Eu e o Outro na Descoberta do Amor Todos nós sentimos a necessidade básica em sermos amados. Essa exigência humana é muito importante para nosso desenvolvimento e realização enquanto pessoas. Erich Fromm descreve que no amor está a única resposta para a natureza humana e que nele reside a saúde. No amor inicialmente somos atraídos por uma tendência inconsciente e posteriormente somos influenciados por experiências, padrões sociais e educação que podem determinar as nossas formas de amar e sermos amados. A maneira que relacionamos com o ser amado tem grande ligação com a forma que nos relacionamos com nós mesmos. Franz Rudio afirma que amar é reconhecer o outro. Reconhecer no sentido de conhecer outra vez, e de confirmar através dessa descoberta do outro aquilo que julgo verdadeiro e legitimo naquela pessoa. Ou seja, quanto mais o outro se revela, mais eu descubro quem ele é. Quanto mais eu o descubro, mais eu o diferencio dos outros, então ele passa a se tornar cad
O convite da tristeza A tristeza, dentre outras coisas, é experienciada como dor, desesperança, desânimo e desamparo. Quando entristecidos sentimos que nosso mundo e que nossas possibilidades de ação perante a vida diminuem. Uma desagradável sensação de restrição da nossa liberdade de nos projetar em nosso futuro se apodera de nós. Ela surge da não correspondência entre a realidade e nossas expectativas a ela relacionadas; do contato com os limites de pessoas, relações, situações e/ou nossos próprios. A frustração e a decepção decorrentes de tais circunstâncias é o que nos leva a imergir na tristeza. Apesar do amargor inerente a este sentimento, é de extrema importância que ele seja vivenciado e acolhido, pois que retém em si a possibilidade do “expurgo do idealizado”; a possibilidade de abraçarmos a realidade e nos recolocarmos perante nossa existência. Ou seja, permite que nos reorganizemos em relação ao mundo, à vida e tudo o que neles há. É fundamental que exerç
APRENDENDO COM O MEDO Medo de elevador, medo de avião, medo de assalto, medo de adoecer, medo de falar em público, medo de sofrer, medo do novo, medo de errar, medo de perder, medo de ganhar, medo de pedir, medo de receber, medo de se decepcionar, medo de amar, medo de morrer e até medo de viver! Quantos medos são presentes em nossas vidas! Podíamos fazer uma lista enorme das suas variações dentro de nós e, ainda assim, não abarcaria todas as suas facetas. O certo é que, enquanto humano que somos, sentimos naturalmente essa emoção que engloba nosso organismo em suas esferas física e psíquica. De acordo com a história de cada um de nós, o MEDO irá se apresentar em diferentes intensidades e com significados diversos. Embora tão falado e tão “desconfortavelmente” sentido, qual enfim é o papel do medo em nós? O que ele quer de nós? O MEDO é, essencialmente, um mecanismo de alerta que anuncia que um perigo real ou imaginário nos ronda e, portanto, prepara-nos para enfrentá
Hoje vamos falar sobre alguns sentimentos e emoções básicas em nossas vidas. Aproveitaremos para isso uma animação, vencedora do Oscar 2016, que se chama “Divertida Mente”, uma produção da Pixar com a Disney. Se passa dentro da cabeça de uma pré-adolescente de 11 anos e diz muito sobre a forma como lidamos com os sentimentos. Longe de ser somente uma animação para crianças, "Divertida Mente" pode ajudar na compreensão do que se passa em nosso interior, os sentimentos básicos, emoções repentinas, o conflito entre uns e outros e, o mais importante, legitima todos os sentimentos e mostra sua importância. Pode auxiliar no diálogo com as crianças (inclusive nossas crianças interiores) para que elas aprendam a importância de entrar em contato consigo mesmas, tomar consciência de seus sentimentos e emoções, reconhecendo o papel que cada um tem em suas vidas. Nos são apresentados cinco personagens bem caracterizados e distintos: alegria, tristeza, asco (como nojinho),
A rotina afasta você de sentir? Quando olhamos as pessoas a nossa volta é possível perceber que a maioria delas está com o tempo comprometido e ocupada com muitas atividades rotineiras. Dessa forma, elas tendem a se manter bastante atarefadas e afastadas dos seus sentimentos mais genuínos. Aprendemos, em algum momento de nossas vidas, que pode ser perigoso dar asas às  emoções  e, devido a isso, tendemos a um aprisionamento de nós mesmos, como se nos faltasse tempo para sermos pessoas. Seria como se existisse em nós uma obrigação em agir, e de ir sempre em busca de resultados e sucesso . Dominar e controlar os próprios sentimentos pode parecer seguro em alguns momentos. Porém, propiciar um tempo para as nossas emoções e sentimentos nos aproxima daquilo que almejamos ser como pessoas. Como posso então tomar consciência dos meus sentimentos estando numa rotina   repleta de cobranças? O que de fato pode proporcionar um sentido para cada um de nós talvez s