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Mostrando postagens de novembro, 2018
A necessidade de comunicar-se e o fortalecimento de si. Os desencontros muitas vezes acontecem por conta da má comunicação, uma dificuldade em expressar os próprios sentimentos ou em compreender o das outras pessoas, ou seja, estabelece na relação humana um desarranjo. A comunicação é muito importante para a promoção do crescimento e do encontro entre as pessoas, garantindo que cada um se torne mais próximo de ser quem realmente é. Acredita-se, ainda, que o ato de comunicar está na presença e disponibilidade verdadeira e real de estar junto com o outro, acolhendo sem julgamentos tudo aquilo que faz parte da condição humana, como o amor, o medo, a raiva e a insegurança. Quando o sentimento é verdadeiramente vivido e sentido, essa escolha pode ser um caminho sem volta, pois parece ser o posicionamento melhor a seguir. A questão maior é dar voz aos sentimentos, acolher para elucidar e enfrentar a vida de forma livre. O contrário pode trazer um afastamento de si. É o
AUTORREFLEXÃO E ALTERIDADE Autorrefletir é voltar a atenção sobre nós mesmos refletindo sobre nossas emoções, sentimentos, pensamentos, atos e condutas. Condição fundamental para aprofundarmos o processo de autoconhecimento. A clareza que experienciamos ao conhecer nosso mundo íntimo permite uma maior e melhor administração da vida psíquica. Nosso raciocínio e percepção em relação aos limites, possibilidades, dificuldades e facilidades tornam-se mais lúcidos, o que permite que tenhamos a real dimensão de nossos problemas e conflitos existenciais bem como dos recursos que possuímos para com eles lidar. Essa clareza é atingida através do desenvolvimento de uma visão interior que não acusa nem julga, mas apenas observa de maneira imparcial e realista, permitindo que nos conheçamos o mais plenamente possível. Esse olhar para conosco facilita também que tenhamos um olhar semelhante para com os outros. Quanto mais nos conhecemos em nossa intimidade mais nos habilitamos a conhe
CONFIANÇA: ALIMENTO EM TEMPOS DE MUDANÇAS Viver implica em aceitar a impermanência, embora, muitas vezes, nos ancoramos na ilusão de que possuímos o controle daquilo que nos rodeia. Se estamos em uma boa fase, temos a tendência de achar que uma vida bacana é uma vida estável, onde nada se altera ou se transforma.   Entretanto, como a vida é movimento, frequentemente, ela nos convida a vivenciar transições significativas nas diversas dimensões da existência: biológica, mental, emocional, espiritual, e, até mesmo na dimensão social. Quando isso se dá, uma espécie de crise nos instaura: temos que lidar com os riscos e as oportunidades de sermos seres viventes, submetidos às instabilidades e mudanças inerentes à existência. Por vezes, somos assombrados por medos e inseguranças, expressões do nosso íntimo sobre o tão temido encontro com o desconhecido que está por vir. Apesar de habitualmente temermos esse encontro com o inesperado, podemos escolher como vivenciá-lo. A falta d
DIÁLOGO: A ARTE DO ENCONTRO Uma das melhores coisas da vida é uma boa conversa, de preferência ao vivo! Saber dialogar é sinal de maturidade, sabedoria e liberdade para expressar nossa humanidade. Na abertura para o diálogo, nos lançamos ao encontro com o outro e com o mundo. Mas, antes, o diálogo significa saber ouvir, pois, a palavra primeira que nos chega é através desse sentido. Ouvir demonstra interesse genuíno pelas pessoas, um movimento de perguntar e esperar respostas, fazer reflexões no embalo do silêncio, evitar julgamentos apressados... Para ouvir verdadeiramente alguém, é preciso fazer uma pausa, “deixar de ter boca” como dizia Rubem Alves e estar aberto para o outro. Nos consideramos comunicativos, escrevemos, falamos e somos até capazes de manter diversas conversas em paralelo, mas, apesar das aparências, parecemos ter esquecido como nos comunicar — no sentido mais amplo da palavra. Na maioria das vezes os problemas relacionais são na verdade, proble

Birra: tentativa de comunicar algum sentimento

Hoje queremos conversar com vocês que são pais, avós, titios, enfim, cuidadores de nossas crianças. Há momentos em que seus comportamentos parecem incontroláveis. Uma irritação aparente   e uma reação inesperada diante de situações corriqueiras que ficamos paralisados ou devolvemos com uma  ação exasperada tentando conter essa atitude dos pequeninos.Não há motivo para desânimo ou desespero. Nestes instantes elas estão querendo nos transmitir alguma insatisfação. O adequado é conhecer a forma mais eficaz de agir. É, justamente, esta conversa que teremos hoje. Verificaremos o que nossos pequenos desejam nos dizer nesta forma de agir e, ainda, quais as condições necessárias que permitam aos responsáveis uma condução satisfatória para o desenvolvimento saudável na infância.             O comportamento inadequado das crianças é conhecido popularmente como birra. A birra é uma forma da criança comunicar um sentimento, emoção ou necessidade não atendida através de um comportamento de c