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Mostrando postagens de maio, 2018
É POSSÍVEL MUDAR O ROTEIRO? É comum que muitas pessoas sigam um roteiro que foi escrito, há muito tempo, para que elas cumpram e, quase sem questionar, continuam seguindo por anos, pela vida! Mas os questionamentos existenciais surgem à medida que se vai tomando consciência de si e de mundo; à medida que assumimos o compromisso e a responsabilidade pela autorrealização e pelo cuidado com o outro e até com o meio em que vivem os. A tomada de consciência exige mudanças, para isso é necessário fazer ESCOLHAS, sejam elas profissionais, afetivas, que envolvam posicionamento quanto a questões sociais, espirituais, etc., ou simplesmente mudar o corte do cabelo! São escolhas e elas podem gerar medo, insegurança, angústia, alegria, prazer... Ou seja: estar diante da possibilidade de mudança, mesmo que seja ir em direção a um projeto construído durante anos, uma mudança de emprego súbita, o rompimento de um relacionamento ou algo igualmente novo, pode ser desafiador e gerar
SAÚDE RELACIONAL, O QUE É ISTO? Desde que viemos ao mundo, dependemos do outro para sobreviver e nos desenvolver. Como seres relacionais que somos, a interdependência é uma condição de nossa existência. Primeiramente nossos pais (ou aqueles que exercem essa função) e, posteriormente os grupos sociais, participam diretamente do processo de formação da nossa personalidade a partir das co ndições afetivas, emocionais e de valores que oferecem através de suas atitudes. A qualidade das relações que nos rodeiam influencia no desenvolvimento da pessoa, tornando o campo facilitador ou dificultador do seu crescimento. Por isso, é importante considerar o modo como estamos nos relacionando para saber se, de fato, encontramo-nos em terreno fértil para promover as nossas potencialidades que nos são inerentes como pessoa. Quando estamos com questões não resolvidas internamente – conscientemente ou não – corremos o risco de nos comunicar de forma agressiva ou defensiva. A outra
AGRADAR NÃO É CUIDAR Querer agradar não é sinônimo de cuidado com o outro. Comumente agradamos sem nos questionar se essa postura é de fato cuidadosa.Obviamente o cuidado coincide por vezes com atitudes agradáveis, de gentilezas por exemplo, mas se não estamos atentos às reais motivações de nossa conduta, podemos assumir uma postura inautêntica perante as pessoas com quem convivemos.  E qual o problema disso?O problema  é que quando agradamos inautenticamente, sem nos dar conta, nos distanciamos e nos perdemos de nós mesmos. Abandonamo-nos em nossas reais vontades, sentimentos, opiniões e etc., e, portanto, já não somos mais nós quem estamos na relação, mas sim uma espécie de “personagem” que nos substitui. Por mais que o personagem agrade e receba aplausos o eu legítimo permanece inseguro, pois exibe aquilo que julga desejável ou aprovável pelo outro, sem arriscar ser visto naquilo que teme ser rejeitável ou criticável. Grosso modo, opta por uma relação “parcial
OUVIR COM EMPATIA Ouvir com empatia é perceber através da fala do outro o que mora em sua intimidade, é conhecer os sentimentos e experiências que lhe são próprios. É, muitas vezes, ouvir um grito de socorro ou uma mensagem que parece sem importância. É o desconhecido se fazendo presente para ser reconhecido, pois o que a pessoa expressa sobre si é uma lacuna que se deseja preencher. A empatia est á em perceber o que o mundo interno da pessoa emite e em compreender os significados dos seus receios. É a disposição de se pôr genuinamente no espaço do outro, de percorrer com ele seu próprio mundo. A presença da escuta empática possibilita às pessoas uma maior aceitação de si e a apropriação de quem elas verdadeiramente são. “Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele”. Carl Rogers  (texto produzido pelas psicólogas Carla Senna, Miriam Keli e Renata Amaral - Equipe CPH MINAS). www.cphminas.com.br
O QUE DÁ SENTIDO À SUA VIDA? Você prefere usar um salto ou uma rasteirinha? Ser uma empresária, uma escritora renomada, uma celebridade ou cuidar da sua família, ter tempo para preparar um lanche saudável, colocar na lancheira e levar (o)s filho(s) à escola; esperar pela hora do retorno, sentindo-se plena e feliz? Ah! Talvez você não tenha filhos, mas se sinta igualmente realizada ao cuidar de si , de sua casa, dos seus afetos. Bem... talvez você ainda prefira conciliar sua vida profissional, seu relacionamento amoroso, filhos, estudos, etc. Perfeito! Mas, essas escolhas foram feitas de forma consciente? Você se ouviu para escolher, ou simplesmente tomou decisões pautadas em valores que não são seus, pensando ter que cumprir objetivos que nem lhe são importantes, que não falam de você, mas ao contrário, roubam-lhe vida, energia e tempo para viver o que realmente dá sentido à sua existência? Há determinados valores, padrões de comportamentos e até mesmo exigência
Posso SER com meus limites?  Em tempos de excesso de informações e idealizações, nos encontramos, constantemente, precisando dar conta de tudo: ser um excelente profissional, um bom filho, uma mãe ou pai exemplar, ter uma ampla vida social e virtual. Mas, e nossas limitações? Há um mito grego que nos lembra isso, o de Atlas, um titã que pretendeu atacar o Olimpo e Zeus o condenou a carregar os c éus para sempre nos ombros. Sua história passou a ser referência, para nós ocidentais, sobre como é pesado viver de obrigações e tarefas sem sentido existencial. Às vezes, entramos num modo automático de vida e vamos silenciosamente negligenciando as nossas verdadeiras necessidades e desejos. Estamos bombardeados por expectativas internas e externas de como deve ser vivida a vida, e isso, muitas vezes, desperta em nós a idéia de um jeito exato ou correto de ser. Vamos, pouco a pouco, atropelando e desconsiderando o nosso SER, perdendo o contato com nossas referên
AUTOACEITAÇÃO E SAÚDE MENTAL Saúde mental é um termo recorrente nos dias atuais e, apesar de não haver uma concepção única e oficial do que seja, não se refere à ausência de doenças mentais, diz respeito prioritariamente a ideias de equilíbrio e bem-estar. São múltiplos os aspectos envolvidos na compreensão e vivência da saúde mental sendo um deles a autoaceitação. Autoaceitação é a capacidade de  apropriação de nossa exclusividade constitutiva, e para tal necessitamos de uma postura realista. Como nos diz Carl Rogers: “A aceitação de si mesmo como se é na realidade, e não como se quer ser, é um sinal de saúde mental”. Antes de sermos quem gostaríamos de ser precisamos aceitar ser quem somos; e isso inclui acolher tanto nossas capacidades e potencialidades quanto nossas fragilidades e limitações. Envolve conhecer a força e o potencial de crescimento presente em cada um de nós, mas também reconhecer que não temos que “dar conta” de tudo e de todos; podemos (e devemos) sa
ADOECIMENTO NO TRABALHO O adoecimento mental algumas vezes pode estar relacionado ao ambiente organizacional e à relação que a pessoa estabelece com o seu trabalho. Atualmente, as mudanças tecnológicas, a pressão para se atualizar profissionalmente, o desejo de melhorias salariais e a cobrança para alcançar metas de crescimento estabelecidas pela organização podem ser grandes fontes de estresse no trabalhador. É importan te ressaltar que o estresse em alguns momentos pode exercer uma função motivadora e auxiliar no enfrentamento da situação. Entretanto, quando o estresse torna-se constante e as pressões dentro da organização aumentam, é comum que o trabalhador sinta-se fracassado por não atender as expectativas da empresa ou até mesmo culpado por não alcançar a tão sonhada promoção ou ascensão salarial. Pode ocorrer nesse momento um medo paralisante que o impede de buscar novas recolocações no mercado. O sofrimento pode se estabelecer quando o trabalhador s
VOCÊ SE OUVE? Em muitos momentos, ficamos preocupados em agradar as pessoas à nossa volta a fim de que sejamos amados, ou simplesmente pelo receio de sermos rejeitados. Nessas situações, acabamos por perder a habilidade de escuta e do contato com aquilo que verdadeiramente somos. Quando perdemos essa capacidade de ouvir, nos ausentamos de nós mesmos, ou seja, deixamos de considerar todas as partes que compõem a nossa individualidade. Acabamos negligenciando nossos sentimentos mais genuínos como o medo, a raiva, a vergonha, os amores e as culpas. Nessa busca por estarmos mais próximos daquilo que somos, faz-se necessário um ambiente interno mais permissivo, que nos possibilite decidir e agir de acordo com nossas próprias percepções. É importante ressaltar que não podemos ignorar completamente os padrões culturais existentes e as opiniões de outras pessoas. Contudo, eles nos servem como oportunidade para escolhermos o que faz ou não faz sentido para nossa vida.
EM CONSTRUÇÃO Mudar é inerente à vida. Ir em direção ao novo, a novas formas de ser e de estar-no-mundo não é tarefa das mais fáceis, mas plenamente possível a quem decide começá-la. O novo, o desconhecido, aquilo que não sabemos – e, por vezes, nem queremos saber, mesmo sabendo – pode provocar angústia, medo, sofrimento, e, não raro dor. Mudar (de verdade) provoca desconforto porque mudar é, entre tantas coisas, mexer, alterar a ordem, sair da zona de conforto, correr riscos, desnudar-se, desvendar-se, encontrar nuances desconhecidas de si mesmo – com a possibilidade de se abrir ao outro e ao mundo. É preciso ainda desapegar-se de coisas, imagens, rótulos, desconstruir para reconstruir, ir ao encontro de – na maioria das vezes, ir de encontro a. Estamos num contínuo vir-a-ser e nossas escolhas definirão quem estamos sendo.  Crescer às vezes dói e a maior parte do caminho é solitário. Mas qualquer preço que se pague para ser si mesmo, valerá a pena!  “O qu
E SE ESCUTÁSSEMOS NOSSO CORPO? Muito provavelmente você já deve ter ouvido as expressões “um aperto no peito”, “um frio na barriga”, “um peso no estômago”, “uma pedra de gelo nas mãos”, “cabeça quente”, “nó na garganta” ou até mesmo as sentido “na própria pele”. Nosso corpo, a seu modo, traduz nossas histórias emocionais e nos oferece, a todo tempo, informações valiosas sobre nosso momento de vida. Será que estamos atentos às s uas mensagens? Neste mundo de preocupações, exigências, cobranças e excesso de afazeres, somos convidados, diariamente, a voltarmos o nosso olhar para o que acontece do lado de fora e, com isso, nossas necessidades íntimas, desejos e emoções vão ficando pouco escutadas, precisando, muitas vezes, de gritar para terem um pouco de nossa atenção. É assim que podem surgir os sintomas, (gastrites, dermatites, alergias, ansiedades, cefaléias, etc...), expressão de um profundo desencontro entre o meu Eu e o que necessita ser compreendido em mim
ENCONTRO Sermos vistos em nossa verdade, livre de julgamentos e com a mais plena aceitação possível, é algo libertador (ou liberta-dor se preferir). Devolve-nos ao nosso eixo tantas vezes abalado ou perdido nas inúmeras demandas de nossas vidas. Tal olhar retém a potência de uma espécie de salva vidas existencial, o qual nos desafoga de nossas angústias no enfrentamento da vida. Um encontro legítimo faz que o impossível, quando não o deixa de ser, seja no mínimo mais suportáv el. Já não nos sentimos tão sós e desamparados diante do inevitável. Em muitos momentos de encontro legítimo sentimo-nos como que resgatados de um calabouço frio e solitário. Somos profundamente tocados ao receber os primeiros raios de luz daquele sol relacional após períodos de clausura.   Não que a dor se dissipe magicamente, mas já não é vazia de sentido. Pois o verdadeiro encontro é isso também: possibilidade de resgate de sentido; esse combustível que nos move pelos caminhos da vida. Reabastecid