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EM CONSTRUÇÃO

Mudar é inerente à vida. Ir em direção ao novo, a novas formas de ser e de estar-no-mundo não é tarefa das mais fáceis, mas plenamente possível a quem decide começá-la. O novo, o desconhecido, aquilo que não sabemos – e, por vezes, nem queremos saber, mesmo sabendo – pode provocar angústia, medo, sofrimento, e, não raro dor. Mudar (de verdade) provoca desconforto porque mudar é,entre tantas coisas, mexer, alterar a ordem, sair da zona de conforto, correr riscos, desnudar-se, desvendar-se, encontrar nuances desconhecidas de si mesmo – com a possibilidade de se abrir ao outro e ao mundo.


É preciso ainda desapegar-se de coisas, imagens, rótulos, desconstruir para reconstruir, ir ao encontro de – na maioria das vezes, ir de encontro a. Estamos num contínuo vir-a-ser e nossas escolhas definirão quem estamos sendo. 

Crescer às vezes dói e a maior parte do caminho é solitário. Mas qualquer preço que se pague para ser si mesmo, valerá a pena! 


“O que ampara sufoca, o que liberta desampara” . (Wolber Alvarenga).





(Texto produzido pelas psicólogas Dalissa Teixeira e Maria Luíza Rocha - Equipe CPH MINAS. Conheça nosso trabalho em www.cphminas.com.br)

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