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OUSAR É PRECISO


Na batalha constante chamada “vida”, procuramos estabelecer um código de conduta, de acordo com a sociedade onde fomos criados. Aceitamos um padrão de comportamento como parte de nossa tradição. Esperamos que alguém  nos diga o que é certo ou errado, justo ou injusto e, na observação deste padrão, nossa conduta se torna mecânica, automática. Acabamos sendo o resultado de toda uma gama de influências, cerceando a nossa autenticidade, forçando a nossa individualidade a ajustar-se a padrões estabelecidos.

O conformismo acaba fazendo parte (muitas vezes) do nosso dia-a-dia. Eis que este ponto de atuação pode ser transmutado. De conformistas insatisfeitos, podemos adotar a postura de rebeldes saudáveis, rebeldes com causa, certamente uma enorme transformação. Rebeldia! Parece ser a palavra da vez. A rebeldia pode nos oferecer maior clareza e coragem no enfrentamento das mais diversas temeridades.

Muitas atitudes são consideradas rebeldes, pois vão contra aos limites que a sociedade impõe ao ser humano. Entretanto, a rebeldia só pode existir com ousadia que, por sua vez, depende da coragem e da responsabilidade (consigo e com o outro). Há necessidade de planejamento e consciência do limite que nos colocamos. Quem ousa, acredita naquilo que pode executar e se lança ao novo intuito com mais força e presença.

Podemos ousar ser o que construímos e o que imaginamos. Apenas nós mesmos podemos romper os antagonismos que ainda nos tornam escravos. Devemos examinar o que ainda nos mantém encarcerados, o que nos impede de ousar ser uma pessoa melhor; o que nos coloca numa situação limitada. Somos seres dotados de potencialidades e, portanto, podemos alçar vôos mais altos e panorâmicos. Na vida pessoal, na profissão, nas relações interpessoais, na política, não importa a área, devemos ousar fazer aquilo que julgamos mais coerente conosco, evitando repetir padrões antigos impostos por nós mesmos ou pelos outros.

Sejamos ousados na criação de nosso Eu. Só poderemos estar inteiros e íntegros se escutarmos a nossa própria consciência e se decidirmos agir por este viés.

É hora de ousar! É hora de mudar! É hora de acreditar em nós mesmos como criadores das nossas próprias experiências!


“Ao aceitarmos as concepções dos outros como se fossem nossas, perdemos contato com a sabedoria potencial de nosso funcionamento e perdemos a confiança em nós mesmos.” Carl Rogers
(Texto produzido pelas psicólogas Dalissa Teixeira e Maria Luiza Rocha – Equipe CPH Minas)


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