Pular para o conteúdo principal







A rotina afasta você de sentir?

Quando olhamos as pessoas a nossa volta é possível perceber que a maioria delas está com o tempo comprometido e ocupada com muitas atividades rotineiras. Dessa forma, elas tendem a se manter bastante atarefadas e afastadas dos seus sentimentos mais genuínos.
Aprendemos, em algum momento de nossas vidas, que pode ser perigoso dar asas às  emoções  e, devido a isso, tendemos a um aprisionamento de nós mesmos, como se nos faltasse tempo para sermos pessoas. Seria como se existisse em nós uma obrigação em agir, e de ir sempre em busca de resultados e sucesso.
Dominar e controlar os próprios sentimentos pode parecer seguro em alguns momentos. Porém, propiciar um tempo para as nossas emoções e sentimentos nos aproxima daquilo que almejamos ser como pessoas.
Como posso então tomar consciência dos meus sentimentos estando numa rotina  repleta de cobranças?
O que de fato pode proporcionar um sentido para cada um de nós talvez seja exercer uma atividade que  nos dê  prazer,  que esteja alinhada com o significado e os valores pelos quais atribuímos em nossas vidas. Manter relações que nos alimentem enquanto pessoas e nos proporcionem um crescimento mútuo, ou seja, relações em que cada um possa estar junto do outro para viabilizar o seu desenvolvimento e compreensão nas suas próprias limitações individuais.
   

"Viver é  perceber o movimento no silêncio,  no som e em outras dicotomias que fazem a metáfora  do existir." Salim Zaidam


(Texto produzido pelas psicólogas Carla Sena, Miriam Keli e Renata Amaral da EQUIPE CPH MINAS).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O PLANTÃO PSICOLÓGICO: UM ESPAÇO DE ESCUTA, ACOLHIMENTO E RESSIGNIFICAÇÃO O homem contemporâneo tem demandado novas formas de inserção do psicólogo; na verdade, uma nova postura, um novo olhar sobre ele. Portanto, necessitando de um profissional mais comprometido com o contexto social. A definição de clínica, em função disso, não pode mais se restringir ao local e à clientela que atende; trata-se, sobretudo, de uma postura diante do ser humano e sua realidade social, exigindo, portanto, do psicólogo, uma capacidade reflexiva continuamente exercitada em relação à própria prática, da qual se origine um posicionamento ético e político (Dutra, 2004). O plantão psicológico, segundo Oliveira (2005), acontece como um espaço que favorece a experiência, tanto do cliente como do plantonista, no qual o psicólogo se apresenta como alguém disposto, presente e disponível e não apenas como detentor do conhecimento técnico. E isto seria um estar junto, um inclinar-se na direção d
COMO LIDAR COM A CULPA   Na vida, de forma geral,   estamos sempre nos responsabilizando pelos nossos atos. E isso é bom! No entanto, em alguns momentos, somos pegos, assumindo uma forma exacerbada com a perfeição que, ao percebermos falhas em nossas escolhas, damos permissão ao sentimento de culpa, gerando um desconforto interno.   Cada um de nós carrega a culpa por um motivo ou situação. Culpa pelas palavras duras ditas em uma discussão, culpa pelo fim de um relacionamento, culpa por não ter feito algo, culpa por dizer não ao filho, culpa por não saber dirigir, culpa por não saber falar inglês.   A lista pode ser interminável.    A culpa pode ser considerada paralisante, com isto,   comprometendo a relação da pessoa consigo mesma e com os outros. Devido a um alto grau de exigência, algumas pessoas podem se achar merecedora desse sofrimento, ocasionando uma má qualidade de vida e o adoecimento emocional. Não há uma disponibilidade para perdoar a si próprio e também aos o
QUAL O SEU OLHAR DIANTE DA VIDA? Perante uma situação, ou alguém, você observa o modo como a enxerga? Quais “lentes” você utiliza para olhar o mundo externo? Convidamos você a se atentar a isso.  Podemos nos surpreender ao perceber que muitas vezes tomamos nossas opiniões por verdades. Sem nos dar conta, somos críticos e cheios de pré-conceitos, como que querendo fazer o outro e o mundo a nossa imagem e semelhança.  E qual o problema disso? Por acaso não podemos ter concepções próprias a respeito de tudo e todos? Obviamente que sim, e não se trata aqui de um discurso moralista, porém é interessante perceber que tendemos a pesar na medida do julgamento para conosco mesmos na mesma proporção do peso que utilizamos para com o outro. (Entendendo o “outro” sempre como tudo que não eu mesmo). Sorvemos nosso próprio “veneno”: reduzindo o outro acabamos por nos inferiorizar e expor nossa própria pequenez. Reduzimos a nós mesmos, por estarmos enrijecidos.